Diz o Sr. Smith

O assassino de Aluguel ______________ 04

Ferramentaria de Precisã o Sã o Cypriano 45

Typhane ________________________ 91

Do Sucesso ao Fracasso em 5 segundos 171

O Misté rio na Escola de Idiomas _______ 180

O Rato Intruso ____________________ 226

Resumo _________________________ 319

Estatisca ________________________ 335

“Plante uma á rvore, tenha

um filho e escreva um livro.”

Confú cio

“Sexo, Dinheiro e Rock in Roll.”

Confuso

O Assassino de Aluguel

Zelai apenas pelos vossos interesses.

Maquiavel

casa do Sr. Smith ficava em uma pequena, mas bem conceituada cidade, da sua vizinhanç a, era composta por residê ncias muito semelhantes, poré m a casa do Sr. Smith tinha uma peculiaridade, o Sr. Smith morava nela.

O Sr. Smith era um homem já idoso, aposentado tinha cabelos brancos, passava boa parte do dia sentado na sua grande e confortá vel cadeira de balanç o, morava sozinho, mas, nã o se sentia solitá rio. Nas tardes dos finais de semana, crianç as, filhos de seus amigos, iam visitá -lo, para ouvir suas historias, eram contos nada provincianos, mas os tempos sã o outros e garotada gostava, e os amigos de Sr. Smith, podiam sair despreocupados.

Em uma dessas tardes de sá bado a campanhia toca e o Sr. Smith apoiado em sua bengala, dirige-se até o portã o, sã o alguns de seus amigos, diz um deles:

- Olá Smith, como vai tudo bem?

O Sr. Smith responde:

- Estou muito bem, apesar do reumatismo, sabe como é a idade combinada com o frio, culminam em uma dor.

- Bem, trouxe algo que acho que vai alegrá -lo um pouco.

A esposa do amigo do Sr. Smith abre a porta do carro e vá rias crianç as saem de dentro do carro, e elas dizem em coro:

- Senhor Smith, tem biscoito, leite e histó rias?

O velho ria efusivamente.

E um dos amigos do Sr. Smith diz:

- Nã o te falei Smith, alegria nã o acaba com a dor, mas alivia.

- Você tem razã o meu caro, vai entrando.

Todos se acomodam na ampla sala da casa do Sr. Smith que deixa biscoitos com leite na mesa para logo depois se sentar em sua cadeira de balanç o, lá fora à buzina do carro toca, o amigo do Sr. Smith entã o diz:

- Bem já vou indo, a mã e já deve estar chamando, à noitinha eu volto comportem-se crianç as.

- Todos prontos?

Diz o Sr. Smith

E as crianç as dizem, todas juntas, bem alto:

- Siiim, sim!

Uma das crianç as era novata na casa do Sr. Smith e foram os seus amiguinhos que a convidaram, e como toda crianç a observa as feiç õ es do velho de cabelos brancos e com á face toda marcada pelo tempo e sem pestanejar pergunta:

- Quantos anos você tem?

E o velho se inclina em sua direç ã o e responde:

- 3.746 (Trê s setecentos e quarenta e seis) anos.

Todas as crianç as riem menos a que perguntou e perplexa ela diz:

- Entã o é por isso que o Senhor ficou mais enrugado que um maracujá seco.

E o senhor Smith num tom rude responde:

- Muito engraç ado fedelho, só estava brincando tenho 67 (sessenta e sete) anos de idade.

- Bem, você s querem ouvir uma histó ria.

E as crianç as respondem:

- Começ a, começ a logo.

O Sr. Smith pega uma lanterna, liga põ e em frente ao seu rosto e sentado em sua cadeira de balanç o, ele começ a.